Hóspede

09:44






Nasce do íntimo,
chega de forma tímida, como quem não quer nada,
quase de forma sufocada,
passa despercebida, mas feliz.



Se hospeda no corpo,
faz o rosto de morada,
quando sai, me vem como sorriso,
feito uma gargalhada que a gente abafa com a mão.



E eu rio por estar com ela,
rio de transbordar,
rio por rir.
É que ela deixa tudo em seu devido lugar.



Depois retorna pra dentro de sua casa,
para o íntimo de quem sente,
para quem quer sentir.
Mas deixa marcado um sorriso tênue.


Es-pe-ran-ça.


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