Meus três poemas favoritos de Florbela Espanca
16:19 15 de outubro de 2015 foi quando eu descobri essa maravilhosa poetisa, foi em um recital de poemas. Eu estava com "Sonhe" de Clarice Lispector, lembro como ontem quando eu estava com o papel em mãos repassando o poema, eu não queria errar algo, até que ouvi aquele nome ser dito: Florbela Espanca. A princípio eu não dei muita bola, não foi algo que me chamou atenção, foi então que Edu - sim o nome dele é só Edu - leu o primeiro verso do poema, nesse exato momento eu levei o olhar até ele esperando a continuação, totalmente entusiasmada, apenas com uma frase.
Florbela Espanca estava muito à frente das minhas perspectivas. Desde que eu comecei a procurar sobre Florbela percebi que ela não era como as outras, não se importava com política, não levantava nenhuma bandeira de movimento social, só queria viver a própria vida. Ela era teimosa, se disse POETA em uma época que só homens poderiam usar esse termo.
Ela era intensa, bem mais que qualquer outro poeta que eu já li. Ela era insaciável, se afogava na vida até transbordar para o papel. Totalmente angustiada, seus poemas são reflexos puros do seu interior, até mesmo uma leitura superficial faz com que você sinta sua dor. Falando em dor, ela sentia tanta que calculou o dia e hora exatas para se suicidar. Às 2 horas da manhã do dia 8 de dezembro de 1930, para tomar overdose de Veronal, remédio que ela usava desde sua infância para conseguir dormir.
Vamos começar meu top 3? Bom, em primeiro lugar eu coloco o primeiro poema que eu ouvi dela, o do recital.
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